O mês que precede a ida é um mês
difícil. É aquele momento que você está aqui, mas suas atividades giram em
torno de estar lá. São os tais preparativos de partida.
E ai eu passei mais ou menos um
mês me despedindo gradualmente da família, dos amigos mais afastados e depois
dos próximos. Foi divertido, mas não é fácil conciliar final de período com
despedidas. A minha prioridade acabava sempre pendendo para as despedidas, e o
final de período deixou um pouco a desejar – quer dizer, por conta disso o
período ainda não acabou, faltam alguns trabalhos, algumas pendencias, aquela
coisa toda se arrastando um oceano atrás de mim.
Os amigos foram impecáveis! Tive
direito a festa surpresa de despedida, vôlei de despedida, almoço de despedida,
outback de despedida, festa do pijama de despedida, bandeira de despedida e
muitas outras coisas!
Tem a situação estranha de que de
repente tudo mundo pensa em te visitar. Todos, salvas algumas poucas exceções,
pretendem aproveitar o meu clima de viagem para programar seus passeios pela
Europa também. É um estalo que dá nas pessoas de que nem é tão difícil assim
fazer o turismo europeu. A estes eu digo: venham mesmo!!! Estarei aqui de
bobeira! ^.^
As malas, essas sim ficaram à
margem da situação. Passaram meses na sala esperando uma atençãozinha que
fosse, mas todo mundo sempre sabe que é nos últimos 3 dias que elas tem o seu
momento. Agora somos só nós: eu, a mochila, a mala 14kg e a mala 20kg – só isso
porque eu achei que não aguentaria mais peso, e porque a Mari viria atrás de mim
me puxar pelos cabelos se eu levasse mais.
Obs: Escrevi esse texto no tempo
vago de aeroporto, e agora já em casa, devo fazer uma correção: “somos só nós:
eu, a mochila e a mala 14kg – a mala 20kg sentiu a pressão e se extraviou em
Paris, espero que esteja a caminho.... ¬¬”
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